quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Introdução ao Voleibol


Plano de Aula

Objetivos
- Desenvolver técnicas do vôlei.
- Reconhecer habilidades e dificuldades em si e nos colegas.

Conteúdo
Fundamentos básicos do vôlei (saque, manchete e toque).

Anos
2º ao 5º ano.

Tempo estimado
Sete aulas.

Material necessário
Papel, canetas, cartolinas, bolas grandes e macias (ou de vôlei), rede ou elástico esticado entre duas paredes, tabela de monitoramento (abaixo).
tabela de monitoramento
Flexibilização
Para alunos com deficiência física
Para incluir alunos cadeirantes proponha que o vôlei seja jogado com todos os alunos sentados em cadeiras e com a rede colocada em altura compatível. Quando o aluno cadeirante estiver avaliando os colegas, a partida pode ser jogada com os demais alunos em pé. Organize desafios com diferentes graus de dificuldade para o aluno - como jogar a bola com uma das mãos, depois com as duas ou fazer uma manchete - e amplie o tempo de realização de cada uma das etapas, caso julgue necessário.

Desenvolvimento
1ª etapa
Avalie o que as crianças já são capazes de fazer, dividindo a classe em grupos de três ou quatro alunos - que são os times. Siga estratégias criteriosas de constituição das equipes (misture meninos e meninas e crianças mais e menos habilidosas, por exemplo). Organize a aula de forma que seja possível realizar mais de um jogo simultaneamente. Ajuste o número de participantes de cada time de acordo com o tamanho da classe. Uma parte da turma será responsável pela avaliação dos colegas. Os alunos que estiverem nesse momento fora do jogo deverão anotar todos os contatos com a bola que um de colegas realizar. Para isso, deverão utilizar a tabela de monitoramento. Cada fundamento deverá ser registrado em papel. Antes da aula, confeccione tabelas para que cada aluno faça seus registros sobre o colega. Para diminuir a possibilidade de erros de avaliação, envolva-os na construção dos critérios que acharem mais adequados para o que chamarão de "certo" e "errado". Inverta os papéis de jogadores e avaliadores. Ao fim desse diagnóstico, planeje os próximos passos da sequência didática com base nos conhecimentos prévios de seus alunos.

2ª etapa
Organize aulas em que os aspectos mais desafi adores do vôlei possam ser trabalhados e aperfeiçoados. Organize um jogo, em que cada aluno, de posse de sua tabela de monitoramento (avaliação realizada pelo colega na primeira etapa), deverá identifi car quais são suas dificuldades. Supondo que ele constate que suas manchetes são ainda pouco frequentes e a proporção de erro ainda é alta, proponha um critério de pontuação diferente para cada manchete que esse aluno fi zer. Se um fundamento qualquer vale um ponto, toda vez que o aluno realizar uma manchete, sua possibilidade de pontuação duplicará. O objetivo é envolver os alunos na sua própria aprendizagem.

3ª etapa
Divida o espaço disponível de modo que quatro ou seis times joguem ao mesmo tempo e organize o ambiente por fundamentos. Combine com a turma que cada time vai treinar um fundamento. O fundamento combinado valerá determinado ponto pela simples realização ou tentativa de executá-lo. Esse jogo pode ser realizado em três aulas. Se achar necessário, amplie o número de aulas da sequência.

Avaliação
Retome os procedimentos do diagnóstico. Reorganize os times e os avaliadores para identificar os avanços e discuta com os alunos esses resultados. Também vale fazer as suas anotações sobre os alunos em situação de jogo. Compare os resultados do diagnóstico com a avaliação. O número de fundamentos realizados, a habilidade de manter a bola em jogo e os acertos e os erros mostrarão a evolução da turma. Houve avanços? Quais foram eles?

Fonte: http://escola.educacaofisicaa.net

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O que é Velocidade ??


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Se perguntarmos a uma criança ou até a um adulto o que é a velocidade ouviremos muitas vezes a resposta “correr depressa”, tal resposta não está errada mas velocidade não pode ser só definida por um deslocamento rápido e continuo como é o caso de “correr depressa”, pois um remate numa bola também está relacionado com velocidade. Neste artigo procuraremos mostrar quais os tipos de velocidade que conseguimos identificar nas várias modalidades e como melhorá-la para um melhor desempenho. Através do testemunho de vários autores veremos as suas divergências e convergências sobre esta capacidade física que é estudada desde, há várias décadas, procurando achar uma resposta válida às nossas dúvidas. Sendo esta capacidade física (velocidade) de extrema importância para chegar ao êxito, será em conjunto com a coordenação aconselhada a ser trabalhada precocemente, cabendo a todos nós, intervenientes na área do desporto, criar os estímulos que proporcionem aos nossos jovens o seu desenvolvimento.

O que é a velocidade

Para começar a falar do treino da velocidade temos antes de mais de relembrar várias definições de velocidade que nos foram transmitidas por especialistas na área do treino desportivo ao longo dos tempos.

Bompa (2002) fala-nos da velocidade como sendo a capacidade de se transportar ou se mover rapidamente, em que mecanicamente a velocidade é demonstrada por meio da relação entre espaço e tempo.

Já Raposo (2000), na perspectiva da metodologia do treino define a velocidade como sendo a capacidade de o atleta realizar acções motoras (movimentar) no mínimo tempo para determinadas condições (desportos cíclicos ou acíclicos).

Garganta (1999) também nos diz que a velocidade não decorre apenas na brevidade de reacção aos estímulos ou da velocidade gestual, mas também do tempo necessário à identificação, ao tratamento rápido da informação e ao reconhecimento e avaliação das situações complexas de jogo.

Podemos dizer então de uma forma abreviada que a velocidade é a capacidade de produzir um movimento/deslocamento, de uma parte do corpo ou o seu todo, mas também de pensar e encontrar uma resposta para resolver determinada tarefa, no mais curto espaço de tempo.

Diferentes tipos de velocidade

Existem vários tipos de velocidade em que uns são mais frequentes numas modalidades do que outras e cada um com a sua importância para um bom desempenho.

Encontramos então vários autores a falar-nos de dois tipos de velocidade, velocidade simples e velocidade complexa. De referir que vários autores se referem à primeira de várias designações, em que Matvéiev (1986) se refere como velocidade simples, já Carvalho (2000) de “velocidade pura” e Adelino, J.; Vieira, J,; Coelho, O,; (2000) como velocidade elementar, pode-se dizer que os autores se referem a uma velocidade base onde não existe complexidade nas suas formas de velocidade. Em relação à velocidade complexa existe um maior consenso entre os autores.

Matvéiev (1986) fala-nos da velocidade de reacção motora simples que exige uma constante atenção na especialização em modalidades que, na fase inicial da competição, ou durante esta, exijam resposta imediata a sinais ou situações previamente determinados como é o caso do tiro de partida, o apito do árbitro, o aparecimento do alvo nas provas de tiro rápido, etc.

Este mesmo autor dá-nos a conhecer também a velocidade de reacção motora complexa, em que os requisitos são mais elevados nas modalidades que se caracterizam por uma constante e súbita mudança da acção como acontece nos jogos ou num slalom em que um atleta tem de escolher de várias acções possíveis aquela que se adapte à situação em que se encontra.

Podemos então dizer que na velocidade de reacção simples existe a reacção a um estímulo já conhecido (tiro de partida) e que já é conhecida a resposta a dar a esse mesmo estímulo (arrancar o mais rápido possível).

No caso da velocidade de reacção complexa existe a reacção a um estímulo desconhecido (golpe rápido de um adversário) e é desconhecida a resposta a dar a esse mesmo estímulo (com esquiva em defesa ou com contra ataque).

A velocidade de reacção simples pode ainda subdividir-se em velocidade de reacção simples acíclica ou seja a velocidade de realizar movimentos únicos como é o caso do lançamento do dardo e velocidade de reacção simples cíclica, o mesmo é dizer, realizar movimentos repetidos como acontece num sprint.

Segundo Adelino et al. (2000) a velocidade complexa manifesta-se em associação com outras capacidades, como por exemplo:

Velocidade associada com força (força de impulsão, força de remate, força de aceleração)

Velocidade associada com a resistência (velocidade resistência)

Velocidade associada à tomada de decisão e à actuação táctica (acções colectivas (rápidas) nos jogos desportivos colectivos)

Velocidade associada ao gesto técnico

Podemos também acrescentar o que nos diz Garganta (1999) que a capacidade de previsão, por exemplo, permite que um jogador, mesmo sendo ”mais lento” do que outro, do ponto de vista neuromuscular, possa chegar mais depressa a um determinado lugar do terreno de jogo, porque previu e antecipou a resposta. (Velocidade de percepção e de antecipação)

Factores que influenciam a velocidade

A complexidade de um movimento/deslocamento rápido seja ele cíclico ou acíclico tem sempre a presença de todas as capacidades motoras (velocidade, força, resistência, flexibilidade e coordenação) ora seja na conjugação de velocidade com força como é o caso do lançamento do martelo, ou na corrida dos 200 metros onde podemos encontrar a velocidade e a resistência de manter o mesmo nível até o final do percurso. A flexibilidade também tem a sua importância ao facilitar a amplitude de movimentos e impedindo a sua rigidez resultando num equilíbrio entre as diferentes capacidades motoras. Mas mais importante ainda encontramos no sistema nervoso central o papel de regular e mobilizar todos os sistemas necessários para a realização de movimentos, que através do rápido envio de impulsos nervosos provocam a contracção dos músculos sinérgicos e relaxamento dos antagonistas, também a coordenação e concentração, factores importantes para uma boa performance estão dependentes de um bom funcionamento do sistema nervoso central.

Por essa razão o factor hereditário ou genético torna-se na principal causa de sucesso nas provas de velocidade, ou não encontrássemos nós em vários estudos sobre a velocidade a célebre frase “os sprinters nascem não se fazem”.

A importância das fibras musculares na velocidade

No músculo humano podemos identificar três tipos de fibras, lentas de tipo I e dois tipos de fibras rápidas, tipos IIa e IIb (Correia 2007) este autor continua dizendo que as fibras de contracção lenta do tipo I dependem sobretudo do metabolismo oxidativo, possuindo características adaptadas a este tipo de perfil metabólico tais como o abundante número de mitocôndrias e o número de capilares circundantes mais elevados. No outro extremo temos as fibras de contracção rápida tipo IIb com um metabolismo energético sobretudo glicolítico, quase desprovidas de mitocôndrias e com abundante quantidade de enzimas da via glicolítica. Colocadas em posição intermédia situam-se as fibras IIa, que combinam uma contracção rápida a um perfil metabólico misto.

A grande diferença das fibras lentas, (também chamadas de fibras vermelhas devido à maior presença de capilares), e das fibras rápidas, (também chamadas de fibras brancas devido a uma mais baixa percentagem de capilares), é segundo Correia (2007) na diferença manifestada na velocidade com que se encurtam, sendo que as fibras rápidas ou brancas existem em maior predominância em atletas de velocidade levando a produzir uma elevada potência mecânica, mas que entram rapidamente em fadiga devido à baixa presença de oxigénio. Por sua vez as fibras lentas ou vermelhas como nos diz Vieira (2000), contém uma percentagem elevada de mioglobina, o que permite grande acumulação de oxigénio, e estão, por isso, aptas a realizar “performances” de resistência; todavia, contraem-se mais lentamente que as fibras brancas, ou fásicas, que têm percentagem elevada de miofibrilhas, aptas pois à velocidade, mas de resistência relativamente fraca.

De realçar também as fibras intermédias que como nos diz Weineck (1999) existem em maior quantidade nas crianças em comparação com os adultos, sendo que crianças precocemente treinadas em velocidade apresentam um aumento de fibras rápidas, pois as fibras intermédias transformam-se em fibras rápidas, atingindo um potencial para a velocidade melhor do que aquele herdado geneticamente.

Métodos para o aumento da velocidade

O treino da velocidade deve começar ainda na infância, altura em que o sistema nervoso central ainda está em desenvolvimento, sendo esta fase de grande importância para melhorar o que a genética nos deu.

Um treino para a força muscular pode aumentar 300%, para aumentar a velocidade apenas 10%, pois não se consegue obter tantos resultados, e de forma tão rápida e acessível como no treino da força ou resistência.

Os exercícios devem ser de curta duração mas de alta intensidade, os resultados estão dependentes da qualidade e não da quantidade.

Os exercícios devem ser executados com rapidez e não com lentidão dai os exercícios com pesos nos tornozelos ou correr na areia não serem os exercícios mais adequados pois terão o efeito contrário ao pretendido.

No treino de exercícios de velocidade simples utiliza-se muito o método competitivo em que os atletas se servem da própria competição para treinar utilizando a emoção e motivação gerada à volta da competição para melhorar a sua prestação. Isto só é possível devido à curta duração das provas de velocidade, o que permite ao atleta participar num grande número de provas oficiais ao longo do ano.

Um dos métodos do treino da velocidade é a execução de exercícios com a redução de carga externa, no entanto é encontrado um problema, onde o peso do corpo do atleta é a carga adicional. Matvéiev (1986) fala-nos de vários métodos para procurar facilitar a obtenção de maior velocidade nesses exercícios onde o peso do atleta é «reduzido» por meio da aplicação de forças exteriores, com o auxílio de um parceiro, do treinador ou de dispositivos de suspensão e transporte, em que o atleta é suspenso no ar permitindo a aplicação de uma força de tracção, dirigida para cima e regulada com precisão, a fim de realizar os diversos valores de aligeiramento doseado.

A resistência do meio natural é diminuída como acontece na natação em que o atleta nada com corrente a favor ou em água do mar, a utilização das condições exteriores é usada em corrida com a pista inclinada ou em descida no ciclismo.

Estes métodos também nos são relatados por Bompa (2002) em que a repetição é o método básico usado no treino da velocidade, podendo também serem realizados exercícios de velocidade máxima sob condições de uma resistência crescente, como patinar, nadar ou correr enquanto são segurados por uma corda de borracha. A velocidade de execução de um exercício é superior se antes dela, por um curto período, o atleta faz treino com pesos (Florescu et al. 1969) citado por Bompa (2002), ou o executa contra uma resistência.

Ozolin (1971) afirma que o atleta deveria direccionar pensamentos, vontades e concentrações na direcção da execução de uma repetição à máxima velocidade, porque tal preocupação psicológica e mental ajuda-o a alcançar a velocidade superior e a coordenação neuromuscular. Um atleta enquanto corre em curtas distâncias deverá concentrar-se em acelerar o movimento dos braços, o que, baseado na coordenação entre eles e as pernas, resultará em movimento de pernas mais rápido.

O método da desvantagem proporciona um bom treino e com atletas de vários níveis resolvendo também ao treinador o problema da individualidade em que é dada uma desvantagem inicial aos atletas mais rápidos em comparação com outros, de maneira a que no final todos cheguem ao mesmo tempo, dando também assim motivação aos atletas para realizarem o exercício na velocidade máxima.

Também a redução do espaço e do tempo são utilizados para melhorar a velocidade como acontece nos exercícios cíclicos em que se reduz a distância a percorrer em comparação à competição, nos jogos é reduzido o espaço onde se realiza o exercício de forma a acelerar a resposta motora e psíquica como acontece nos jogos colectivos como o futebol o andebol ou mesmo nos jogos de luta.

Deverá existir a atenção de em todas as idades mas principalmente no treino dos jovens, a utilização do princípio da variabilidade, não devendo para isso serem sempre utilizados os mesmos métodos de treino, pois acabarão por criar uma rotina nos movimentos, além da desmotivação, tendo como resultado o difícil desenvolvimento da velocidade.

Weineck (1999) diz-nos que a constante repetição de um movimento num mesmo ritmo pode consolidar o mesmo, induzindo uma estagnação do desenvolvimento da velocidade e a formação de uma barreira de velocidade.

Sendo portanto de evitar que no treino de velocidade precoce se trabalhe muito com carga máxima ou estímulos muito fortes que acabarão por criar a barreira de velocidade.

Zaciorskij (1972) citado por Weineck (1999), mostrou que o melhor atleta mundial de sprint apenas treinava uma vez por semana com a carga máxima e que a parte principal da preparação de força rápida consistia de exercícios especiais, treino com cargas adicionais, saltos múltiplos e corridas em baixa velocidade.

Vieira (2000), também nos alerta para que o volume da carga no treino da velocidade de ser tal que não permita o aparecimento de fadiga, pois a intensidade elevada da carga é um factor fundamental no treino de velocidade. Para que esta se mantenha em níveis elevados é fundamental que o treino seja executado na ausência de fadiga, já que esta é considerada como um factor inibidor, senão não estaremos a trabalhar para o objectivo que pretendemos mas sim outro, como a velocidade resistente.

Sob estado de fadiga não se atinge a velocidade máxima, pois há uma inibição dos processos coordenativos do sistema nervoso central, exigidos para o desenvolvimento da velocidade, que tem o seu desempenho prejudicado (Weineck 1999).

Matvéiev (1986) diz-nos que o intervalo de repouso entre series deve ser o suficiente para que se possa executar o exercício seguinte a uma velocidade idêntica à anterior e dá-nos como exemplo exercícios de velocidade até 100 metros em que se o atleta for bem treinado precisará de 5 a 8 minutos para se restabelecer. Nos intervalos entre os exercícios além do repouso passivo recomenda-se a realização de movimentos ligeiros semelhantes ao exercício principal de forma a manter a afinação psicomotora para a acção.

Já Bompa (2002), refere que os intervalos de descanso devem facilitar uma recuperação óptima, durante a qual o ácido láctico é reduzido e o débito de oxigénio é restaurado quase inteiramente. Considerando as características individuais, o intervalo de descanso entre estímulos intensivos pode estar por volta de 4 a 6 minutos. Se são usados intervalos mais longos, como 12 minutos, recomenda-se um curto aquecimento para elevar o nível de excitabilidade do sistema nervoso central. Durante os intervalos aconselha-se um descanso activo com corrida leve ou caminhada.

Conclusões

Podemos concluir que a velocidade está presente nos mais variados jogos ou modalidades e que a sua utilização está associada ao êxito da execução de uma tarefa, seja ela individual ou colectiva, com movimentos cíclicos ou acíclicos, que poderão ir de um simples sprint, à capacidade que um jogador tem de se antecipar a um adversário para ficar na posse da bola (velocidade de antecipação).

É de notar também que a velocidade é uma capacidade física que é herdada geneticamente, por essa razão o seu aperfeiçoamento comparado com outras capacidades físicas é mais difícil.

São encontrados no entanto métodos que podem aprimorar a velocidade de um atleta, devendo o seu treino começar em idade precoce, altura em que o seu sistema nervoso central ainda está em desenvolvimento e altura também que o seu elevado número de fibras intermédias pode ser transformado em fibras rápidas do tipo II, fibras que são predominantes em velocistas.

O treino do atleta deve ser realizado de preferência sem carga, ou quando com carga externa que seja por curtos períodos, de maneira a que o exercicio seja sempre realizado à maior velocidade possível, para isso teremos que estar perante a ausência de fadiga, devendo para isso respeitar sempre os períodos de descanso, senão já estaremos a treinar para outro objectivo que não a velocidade. Deverá no entanto ser dada atenção às constantes repetições e utilizações de cargas máximas de maneira a evitar criar a barreira de velocidade.

Também a redução do espaço e do tempo são excelentes métodos para melhorar a velocidade motora e psíquica, tão importante nos dias de hoje em que é necessário encontrar uma resposta ao problema no mais curto espaço de tempo e de seguida colocá-la em prática.